2012/03/30

C.J. Chenier



O Zydeco é originário da Lousiana com forte influencia francesa e com a caracteristica especial de não acolher instrumentos de percursão e  ter como instrumento básico o acordeão.
C.J. Chenier é atualmente o seu melhor representante seguindo as pisadas do pai Clifton Chenier.
É muito engraçada a origem deste tipo de música profundamente entranhada na culura cajun.
Embora esteja descrita no link não resisto a extratar aqui o parágrafo que tal refere e, passo a citar:
..."Zydeco (French, from the phrase: "Les haricots ne sont pas salés", means "the snap beans aren't salty". This phrase is a colloquial expression that means 'I have no spicy news for you.'[citation needed] It has alternatively been referred to as meaning "I'm so poor, I can't afford any salt meat for the beans." When spoken in the regional French, it is spoken thus: "leh-zy-dee-co sohn pah salay...").
Ainda hoje se dança nas festas populares das comunidades rurais da Louisiana.

2012/03/29

Fernando Pinto


Sempre gostei deste homem. Retirou a TAP do voo rasante onde permanentemente voava e colocou os seus aviões nos, bem alto, nos céus do planeta.
Ao "ouver", como diria o jazzé,  esta entrevista fiquei  a gostar ainda mais.
Bem haja

2012/03/24

TGV? Temos a Torre de Belém


Paulo Gaião no Expresso.
Não posso estar mais de acordo. Eu também já andei de TGV.

Agora que o sonho TGV acabou, convém fazer o epitáfio. Portugal fica mais isolado do centro da Europa e vê Espanha integrada com os seus 2900 Km de comboio de alta velocidade, ligada a Paris, Berlim, Viena. É mais um exemplo do mau governo à portuguesa. Confundimos a discussão sobre a necessidade deste projecto estratégico com a incapacidade de o fazer sem negociatas e corrupção. Confundimos o problema de não termos dinheiro para o TGV com a questão de não gastarmos mal e investirmos nele. Confundimos obras públicas que nos ligam entre nós, auto-estradas, o CCB, a ponte Vasco da Gama com obras que nos abrem melhor a Europa. Confundimos a questão da falta de passageiros do TGV com a ideia que o avião nos basta para sairmos daqui. Confundimos os preços altos do TGV com a falta de jeito para fazermos promoções e sabermos vender o que é nosso. Confundimos o argumento novo-riquista e megalómano do TGV com o nosso próprio provincianismo.
O grande problema é nunca termos andado de TGV. Sentarmo-nos lá dentro, irmos até Madrid em 4 horas, entrarmos com as malas que quisermos no comboio um minuto antes, nem sentirmos a velocidade porque tudo é suave, poder almoçar ou jantar calmamente na carruagem-restaurante e dar um passeio de quase um km pelo comboio inteiro. O preço? Ainda hoje, o sítio da rede europeia de TGV tinha promoções Paris-Turim, distância de quase 1000 Km a... 25 euros. Lisboa-Madrid podia ficar por 15 euros. E o comboio cheio.
O grande problema é nunca termos tido vida fora daqui. O mundo é do Minho aos Algarves. E pára em Lisboa. Como dizia nos Maias Ega para consolar Carlos da Maia, chegado de Paris e reconhecendo no Chiado, encostados às mesmas portas quem lá deixara há dez anos, temos a Avenida da Liberdade e... Hem?... Já não é mau. Mais o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, a bruma dos viajantes que fomos.

Aeroporto na Alta do Lumiar

Agora nem TVG nem novo aeroporto. O da Portela vai continuar a ocupar a cidade, com cada vez mais voos, minuto a minuto a rasarem o Campo Grande e a Alta do Lumiar. Com mais barulho e poluição. Até nos cair um avião no prato. E, lá dentro, na Portela, uma manta de retalhos, um espaço desequilibrado, onde tanto parece que estamos no brinquinho de Munique como no Congo, cheio de cadeiras estafadas, passadeiras que não existem em corredores de cem metros, escadas rolantes que não funcionam. Também aqui, no novo aeroporto, em Alcochete, na Ota, em Figo Maduro, onde quer que fosse, confundimos tudo.

2012/03/22

Dia do Pai

Sou pouco ou nada sensível a estas datas onde se comemora a mãe, a árvore, a mulher e, um dia destes o do cão, do gato e do periquito.
Também, normalmente, não publico coisas intimas
Dito isto, este ano foi especial porque recebi, dos meus filhos, duas "cartas".

Aqui ficam para memória futura:

Do Pedro:

Bom dia Pai!

Pai. Tiveste de trabalhar tanto... Mas tentavas sempre ter um olhar para mim. A mãe também não tinha muito tempo... O teu colo era dos melhores consolos que podia ter. Sei que me dás muitos “brinquedos”, mas eu não preciso disso. Preciso de ti, tem cuidado contigo.
Pai. Fazemos muito barulho mas tu consegues ainda dar-nos abraços, rebolar no chão em brincadeiras, jogar xadrez connosco ou ler um livro devagar... É tão bom!
Pai. Sei que te esforças muito por conseguir “alimentar-nos” a todos. Trabalhas muitas horas. Nem sempre estudo, eu... Fazes-me ver que o saber é a melhor ferramenta de trabalho que posso ter na minha vida. Não acredito muito em ti, mas não queria pensar no que seria a nossa vida sem o som diário da tua chave a abrir a porta de casa... e depois dos fins-de-semana contigo.
Pai. Ofereceste-me um carro!!!! Obrigado!!!
Pai. Sei que vou sair com os meus amigos, que chego tarde e que por vezes piso o risco. E tu não deixas de mo dizer. Por vezes duramente. Tenho sempre a sensação de que me vês, mesmo não estando perto de mim. O meu irmão também sente o mesmo. Isso é bom. Afasta-nos do perigo.
Pai. À segunda consegui acabar o meu curso de veterinário!!!!
Pai. Encontrei a mulher da minha vida. Não é maravilhoso?
Pai. Vou ser pai! É agora que eu mesmo quero ter a minha família e que quero ter tantos filhos, mais que tu, mas também tenho muito mais condições do que tu tinhas…penso muito no teu esforço. Como é que conseguiste??? Começo a perceber tantas coisas que nos disseste com os teus gestos e com as tuas atitudes... O mais relevante – tendo nós dificuldades - foi ensinar-nos que muitas coisas não são assim tão importantes... viver é muito mais do que isso!
Pai. Eu também quero ser como tu para os meus filhos!
Pai. Sem saberes, foste uma das minhas melhores catequeses e um grande responsável pelo amor que tenho a Deus: Pai-Filho-e-Espírito-Santo!
Pai. Estamos aqui. O meu irmão e eu. Sempre.

Do João:

Pai,

Eu sinto uma profunda admiração por ti. Obrigado por tudo: por me deixares errar, por me deixares caminhar livremente. confiança que depositaste em mim e nas minhas escolhas. por nunca me deixares ter razão sem uma boa dose de argumentação e prova. por me teres incutido a curiosidade e admiração pelas coisas do mundo. pela transmissão de sabedoria, conhecimento e gosto pela cultura… da que se aprende depois das aulas. por todas as conversas e discussões que te ouvi com amigos mesmo sem perceber patavina. por me levares para a cerca da noite… pelas férias em tantos locais maravilhosos. Obrigado pelos belos jantares e almoços. por me ensinares a ir pela minha cabeça. por me teres levado tantas vezes e repetidas vezes aos desportos que amei. por teres pago e ajudado nos meus estudos. Obrigado por me teres ensinado a ler. Obrigado por me teres ensinado a dizer obrigado e desculpa.

Grand Slam


They did it again. Depois de 2005 e 2008 o País de Gales ganha novamente o Grand Slam.
O jogo final contra a França, que deu uma digna réplica (não esquecer que estamos a falar dos vice campeões do mundo), não foi um grande jogo.
Muita luta, uma arbitragem fora do comum (Alain Joubert apitou a tudo quanto "mexia") e apenas um ensaio.
De qualquer modo o País de Gales foi de longe a melhor equipa do torneio.
Auguro grandes exitos no próximo tour "down under".

2012/03/17

A Culpa

Um amigo enviou-me esta lenga-lenga, sem autor.
A coisa não tem grande qualidade mas nãodeixa de ter alguma graça e alguma verdade.

A CULPA


A culpa é do pólen dos pinheiros
Dos juízes, padres e mineiros
Dos turistas que vagueiam nas ruas
Das 'strippers' que nunca se põem nuas
Da encefalopatia espongiforme bovina
Do Júlio de Matos, do João e da Catarina
A culpa é dos frangos que têm HN1
E dos pobres que já não têm nenhum
A culpa é das prostitutas que não pagam impostos
Que deviam ser pagos também pelos mortos
A culpa é dos reformados e desempregados
Cambada de malandros feios, excomungados,
A culpa é dos que têm uma vida sã
E da ociosa Eva que comeu a maçã.
A culpa é do Eusébio, que já não joga a bola,
E daqueles que não batem bem da tola.
A culpa é dos putos da casa Pia
Que mentem de noite e de dia.
A culpa é dos traidores que emigram
E dos patriotas que ficam e mendigam.
A culpa é do Partido Social Democrata
E de todos aqueles que usam gravata.
A culpa é do BE, do CDS, do PS e do PCP
E dos que não querem o TGV
A culpa até pode ser do urso que hiberna
Mas não será nunca de quem governa.

2012/03/16

Stupid answers to stupid questions



Sempre que vejo as entrevistas depois dos jogos de futebol lembro-me sempre da rubrica do Mad Magazine, da autoria de Al Jaffee, aqui reunida em livro.

Como os jogadores e treinadores de futebol, salvo raras e honrosas excecões, não têm o "drive" suficiente para responder de forma adequada ás perguntas dos jornalistas(?), o título do post foi adaptado à realidade.

2012/03/11

A Europa dos cafés

"Desenhe-se o mapa das cafetarias e obter-se-á um dos marcadores essenciais da ideia de Europa», escreve George Steiner no ensaio A ideia da Europa."
João Ventura no O Leitor sem Qualidades disserta sobre assunto aqui e aqui.
Eu, que sou, desde o Café Central em Almada, onde o meu pai me levava aos sábados de manhã, um indefétivel da "instituição", não posso estar mais de acordo.

Ainda hoje não consigo ler os jornais em casa. Ele lia o Diário de Notícias e eu lia o Condor Popular e o Cavaleiro Andante e, uma vez por mês esses dois, mais o Álbum do Cavaleiro Andante. Uma festa.

Há pouco mais de uma semana fiz umpériplo pela Bélgica, Luxemburgo, Alemanha e Austria. Os cafés continuam lá, como cá.
Steiner tem razão 

2012/03/10

Jean Giraud



O pai morreu.
Giraud, Gir, Moebius, foi em todos os seus heterónimos um excepcional narrador de histórias e vai continuar no imaginário de todos os seus orfãos.

R.I.P.

2012/03/09

Bimbo



Cada vez o presidente (assim, com letra pequena) me faz lembrar este anúncio..

Biblioteca Pública

Hoje fui inscrever-me como leitor na Biblioteca Pública de Cascais em Tires/S. Domingos de Rana.
Fiquei agradavelmente surprendido com as ótimas instalações, o acervo livreiro e multimédia, o número de PC á disposição, a sala para crianças, o auditório e um atendimento amável e profissional, servido por um bar agradável cujo único defeito é não terem uma cervejinha fresca que no dia de hoje vinha mesmo a calhar.
Todas as salas têm uma luminosidade fantástica.
O sítio recomenda-se.
Trouxe para casa dois Cormack Maccarthy que não sabia existirem. O primeiro é de 1970(?).

2012/03/08

O Provedor 2

Transcreve-se o comentário de José Pacheco Pereira no Abrupto sobre o mesmo assunto do post anterior-


Este texto de autoria do Provedor do Diário de Notícias Óscar Mascarenhas retrata bem o modo como alguns jornalistas actuam na propaganda governamental. É o retrato do puro situacionismo, antes com o governo PS, agora com o governo PSD-CDS. A "notícia" referida nesta nota era tão evidentemente um "recado" governamental que estava a preparar um comentário meu num "mau trabalho" para o Ponto Contraponto na SICN. Talvez, insisto talvez, já não valha a pena fazê-lo depois deste texto do Provedor. Mas, a seu propósito, fui reler alguns comentários antigos de 2009, ainda na era Sócrates, do "índice do situacionismo" que envolvem o mesmo jornalista. Se tiverem paciência voltem lá, está lá tudo: intenção, métodos, manipulação, "recados" e serviços. É por isso que, ao ler o Óscar Mascarenhas, tenho esta enorme sensação de déja vu.


2012/03/04

Vladimir Putin


O cidadão russo Vladimir Putin não me é nada simpático.
Colocada esta declaração de interesses, convém também dizer que eu sou cidadão português e, portanto, não participo nas eleições russas.
Segundo as últimas notícias, Putin vai ganhar as eleições com, pelo menos, 58% dos votos.
Tendo em atenção as premissas anteriores, a peça sobre o assunto organizada pelo correspondente da RTP1 em Moscovo,  o fabuloso Evgueny Mouravitch conseguiu entrevistar cinco cidadãos russos que são contra o Putin e não arranjou um único apoiante.
É obra.

PS: Somando este, a outro post anterior estamos entregues a este gang de presumíveis jornalistas(?).

O Provedor

O Diário de Notícias tem vindo a degradar a sua qualidade como jornal de referênciade forma inacreditável.

Este escrito do Óscar Mascarenhas cidadão que conheço desde os bancos de escola em Almada e cuja carreira impoluta tenho seguido com admiração, deveria, por si só, dar origem a, pelo menos, um processo disciplinar ao jornalista(???) Francisco Almeida Leite ao subdiretor(?) Nuno Saraiva por violação grave do Código Deontológico dos Jornalistas e ao Livro de Estilo do DN.
O que mais me chocou neste artigo foi, mais do que a notícia em si, a resposta arrogante do referido jornalísta(?) e do seu chefe.
Por mim despedia os dois com justa causa.

2012/03/03

Livreiros independentes


Continua a Pó dos Livros a lutar, juntamente com muitos outros, contra esta asfixia que lhe é estupidamente imposta.
A única maneira de contribuir individualmente para esta luta é ir lá e comprar. Livros, daqueles que ganham pó e nos dão gozo só de olhar para as lombadas, 

Série Negra


O Benfica vs Porto de ontem lembrou-me o album Série Negra de Michel Vaillant.
No começo tudo parecia bem mas, de repente, quatro insucessos de seguida (Zenit, Guimarães, Académica e Porto) abalam toda a estrutura de confiança anteriormente existente.
Espero que acabe bem, tal como na história.

2012/03/01

Gales - Triple Crown


Ainda sobre o Gales vs Inglaterra que decidia a atribuiçao da Triple Crown e lançava Gales, se ganhasse, para a conquista do Grand Slam aqui ficam as melhores placagens do jogo.
Destaque para a placagem do centro George North ao médio de abertura inglês Owen Farrel , que, conforme a foto abaixo demonstra, é um verdadeiro manual de instruções sobre "como bem placar" 
Cortesia do site RugbyDump