2013/12/08

Free Nelson Mandela

Tudo já foi dito e escrito nos telejornais, nos jornais e nos blogues sobre o Homem (assim, com H grande) e, portanto não vou acrescentar nada. 

Há, no entanto algo que até agora não vi/ouvi referido. Algo que é muito querido pelos amantes de Rugby que são simultâneamente amantes da liberdade. 

O Campeonato do Mundo de Rugby de 1995 foi disputado na África do Sul , num país que tinha acabado de eleger Presidente Nelson Mandela e à beira da guerra civil.

Mandela percebeu, como grande político (que saudade dos grandes políticos) qual era, a importância de um jogo que, até ao momento, era apenas jogado por brancos.

Os Sul Africanos não eram favoritos. 
Os All Blacks, que tinham como grande estrela Jonah Lomu (essa força da natureza), eram considerados mais do que favoritos. Com alguma sorte e muito empenho conseguiram chegar à final, que foi disputada no Soweto no Ellis Park Stadium

Morné du Plessis, capitão da equipa*, depois de um encontro com Madiba, conseguiu convencer os restantes elementos (brancos claro) a cantar o já então oficial Hino Sul Africano. E não foi fácil.
Madiba conseguiu convencer os pretos que a seleção era da África do Sul e não, apenas dos brancos.

Tudo isto está excelentemente dramatizado em Invictus de Clint Eastwood, com o também grande Morgan Freeman no papel de Mandela e Matt Demon no papel de Morné du Plessis.   

A final foi disputada sobre grande tensão. 

A mescla de brancos e pretos foi grande, unidos não só pelo sentimento nacional mas também com o sentimento de estarem a dar um grande passo na União nacional. 
Tanto quanto sei, foi a primeira vez que os Springboks, inspirados pelo seu capitão, cantaram o “já seu” Nkosi sikelel’ iAfrika (God Bless Africa).
Como todas as histórias esta acaba também acaba bem.
Os Springbocks ganharam à Nova Zelândia, de forma dramática, por 15-12 e sagraram-se Campeões do Mundo graças a um pontapé de ressalto que ficou na história executado por Joel Stransky, no prolongamento.

Diz-se que o desporto (não só) une os povos. Se fosse preciso prova esta é concludente.



Nelson Mandela morreu. Está final e verdadeiramente livre.
R.I.P.
  
Aqui fica a letra com referência a cada um dos idiomas e, na falta da gravação de 1995, deixo, para memória futura, uma gravação no Campeonato do Mundo de 2007 em França**. 


Xhosa 

Nkosi sikelel’ iAfrika 
Maluphakanyisw’ uphondo Iwayo 

Zulu 

Yizwa imithandazo yethu 
Nkosi sikelela thina lusapho Iwayo 

Sesotho 

 Morena boloka setjhaba sa heso 
O fedise dintwa le matshwenyeho 
O se boloke, o se boloke setjhaba sa heso 
Setjhaba sa South Africa 
South Africa 

Afrikaans 

Uit die blou van onse hemel 
Uit die diepte van ons see 
Oor ons ewige gebergtes 
Waar die kranse antwoord gee 

English 

Sounds the call to come together 
And united we shall stand 
Let us live and strive for freedom 
In South Africa our land




 * A influência de um Capitão numa equipa de Rugby não tem comparação com mais nenhum desporto coletivo.

** Neste Mundial tive o privilégio de assistir ao Jogo Lobos vs All Blacks em Lyon.
Levámos uma tareia mas valeu a pena

Adenda:
Não sei como fui confundir Francois  Piennar com Morné du Plessis.
Coisas da PDI ou, mais grave, de alguma falta de rigor que deve ser apanágio deste tipo de comunicação (das outras também).
Morné du Plessis foi capitão dos Springbocks entre 1975 e 1980.
Em 1995 era manager da equipa e não seu capitão como acima foi referido.
Peço desculpa a quem me ler pelo lapso.

2013/11/28

Festival Gastronómico da Cachola e da Morcela em Alcanena

Está a decorrer em Alcanena o festival que acima se anuncia. Os Restaurantes aderentes estão descritos no cartaz do evento sendo que, quase todos, são dirigidos por pessoas bem conhecidas no Concelho, alguns deles meus vizinhos ou amigos. Já fui a alguns, cujos nomes não revelo para, no caso de algum deles ler este escrito (parece-me a coisa francamente improvável, mas nunca se sabe))não ferir suscetibilidades.
A deslocação tem-se revelado, em média, bastante proveitosa, sobretudo as morcelas, que se têm revelado de grande qualidade, tendo ainda que ter em conta a relação qualidade/preço que é imbatível. Estas morcelas são típicas de Leiria e da região da Serra de Aires e dos Candeeiros, por incorporarem arroz, bem diferentes, por exemplo, das morcelas da Guarda. 
Confesso não ser grande apreciador de Cachola mais por ser um prato pesado, com "sustância" a requerer um "casqueiro" (ai o molho) e uma "vinhaça" que faça crescer pelos no peito e portanto, de difícil digestão, sendo de evitar comê-lo com frequência e mais ainda se tivermos de, a seguir, ir trabalhar (já não é o meu caso, felizmente). 
Acrescento-se que uma (ou mais) morcela pode ser comida como entrada ou como petisco a meio da tarde. O mesmo não se pode dizer da Cachola. De qualquer modo recomenda-se.

2013/11/25

That´s what friens are for



Hoje recebi um mail de uma amigo, cujo conteúdo não faz sentido transcrever aqui.
O único comentário que me apetece fazer tem o título acima.
Bem hajas. 

2013/11/24

Irlanda vs All Blacks


A avaliar pelo que é dito aqui e que é da mais absoluta confiança, perdi o melhor jogo da "janela" de Outono.
Damned.

2013/11/22

Ronaldo vs Messi


A polémica que envolve Cristiano Ronaldo e Lionel Messi faz-me sempre lembrar esta “anedota”.

Um homem conduzia pela arreata duas vacas, uma branca e outra preta.
Lindas vacas que o amigo leva aí, interpelou-o um passante.
A branca é, respondeu o pastor.
E a preta?
A preta também.
Devem dar muito leite observou o cidadão olhando para os úberos inchados das vacas.
É, a branca dá.
E a preta?
A preta também, respondeu já com algum enfado o produtor de leite.
Seguramente quando as matar darão muito leite?
A branca dará.
Então e a preta, perguntou o homem especado na beira da estrada, já com ar de poucos amigos.
A preta também.
Chateado com a conversa o perguntador avançou, olhe lá ó amigo porque é que você fala sempre primeiro na branca e só depois da preta?
Sabe, a branca é minha.
Então e a preta?
A preta... também.

Mutatis mutandis:

O Ronaldo é excecional?
É.
E o Messi?
Também.

O empolamento que os média dão a este assunto é verdadeiramente asqueroso.
Eu queria ver a reação, das virgens ofendidas se o Blatter (que ou é uma besta ou estava bêbado ou talvez as duas coisas juntas) denegrisse o Messi.
A prova disso é que ontem, as televisões correram a dar relevo às declarações de Mariano Rajoy, que, claro, como bom Madrilista disse ue o Ronaldo é melhor. Gostava de saber se mantinha a mesma opinião se ele jogasse no Barcelona.

A declaração mais sensata que li até agora foi a de Manuel Machado:
Nos desportos motorizados Ronaldo seria Campeão Mundial de Formula 1 e o Messi Campeão Mundial de Rallys.
Chapeau.   

O Rugby e a Televisão Pública(?)

Com a devida vénia ao João Paulo Bessa e ao seu XVcontraXV aqui se transcreve o seu post de hoje.
O texto é tanto mais importante porque desempenha um cargo de relevância (Vice-Presidente do Instituto do Desporto Português).

MAIS DO QUE PARECE

"Entusiasmo sem conhecimento é o amigo íntimo da tolice."                                               Sir John Davies, Procurador-Geral da Irlanda de 1603 a 1617 
Do gabinete do ministro Maduro saiu um Despacho sobre a obrigatoriedade de transmissões em sinal aberto para diversas áreas desportiva: o futebol com a parte de leão, andebol, atletismo, basquetebol, hóquei em patins, voleibol. Com algum optimismo fala-se nas taças europeias, campeonatos do mundo, finais, fases finais, etc. etc. 
Do rugby nem hipótese. Nem taças disto, nem daquilo. Nem participações nos apuramentos para o Mundial, jogos da Cup no Sevens World Series ou jogos da Amlin. E por acaso [ :-) ] o rugby é a segunda modalidade portuguesa de desportos colectivos em posicionamento dos rankings mundiais, hóquei em patins excluído.


E se as vitórias sobre a Suécia irão melhorar o posicionamento do futebol - terá conquistado 136 pts podendo atingir o 5º lugar do ranking mundial com 1172 pts - as restantes modalidades ficarão onde estão e o rugby português só pode subir - ganhando - e não descerá da actual posição se perder este sábado com o Canadá. 
O rugby português deve muito à televisão pública portuguesa que, com o esforço e vontade do Cordeiro do Vale, fez-nos atravessar fronteiras e ver os jogos do 5 Nações para nos deixar então perceber como se jogava ao melhor nível. Sem a televisão pública portuguesa o rugby português nunca teria atingido a capacidade de resultados internacionais que hoje tem. A televisão pública portuguesa podia - pela sua quota-parte nos resultados conseguidos - voltar a colocar-nos mais próximos do centro do rugby mundial e permitir assim que o rugby seja melhor conhecido em todo o país e proporcionando à miudagem uma oportunidade de entusiasmo desportivo fora do esquema habitual. Mas essa preocupação ficou pela privada Sport TV que az importante divulgação com a dificuldade de ser para assinantes e a óbvia restrição de acesso.
A televisão pública pode, hoje em dia, não passar qualquer jogo de rugby mas a realidade é esta: o rugby está em 2º lugar entre as modalidades colectivas portuguesas de expressão mundial.
E há quem não faça do facto a mínima ideia. 
Não desmerecendo o escrito mas antes, apoiando-o com toda a veemência, achei estranho o posicionamento do Hóquei pelo que fui tentar descobrir algo mais.
No site da FPP não encontrei qualquer referência ao assunto.
Pesquisando no Google encontrei este site onde Portugal se encontra em 3º lugar atrás da Espanha e da Argentina numa classificação a 15/10/2011e, por clubes o Porto e o Benfica respetivamente em 2º e 3º lugares numa classificação a 31/12/2012.

Oh João Paulo não estará enganado?


2013/11/18

Os últimos 5


Desta vez falamos dos últimos 5... metros.
O que este mês de Dezembro tem revelado é a incapacidade das equipas do Hemisfério Norte em conseguirem ultrapassar aqueles "malditos" metros entre a linha tracejada e a linha de ensaio.
Apesar de terem a bola durante muito tempo e andarem sempre lá perto, não conseguem concretizar esse domínio, umas vezes por erros próprios, outras por erros provocados pelo arreganho e classe que as equipas do Hemisfério Sul defendem, como mostra esta placagem de   Fourie de Preez a David Denton no Escócia 0 (!) vs África do Sul 28, no passado fim de semana.

Nota : Foto sacada daqui

2013/11/17

Os últimos 15


Ao ler-se o título deste poste parece que se fala dos 15 jogadores (mais os suplentes) dos All Blacks.
Na verdade a referência diz respeito aos últimos 15... minutos do jogo de tanto fala João Paulo Bessa no seu XVcontraXV, onde tudo ou quase tudo se decide.
Ontem, em Twickenam, perante uma impressionante moldura humana de 81 369 (!) expectadores, a Inglaterra "quase" ganhou o jogo.
Os homens de Rosa ao peito, recuperaram de 3-17 para 22-20, com Owen Farrell em grande forma e, sobretudo, o pack avançado com Courtney Lawes e Billy Vunipola  a fazerem um jogo soberbo e, a 15 minutos do fim, parecia que a A Inglaterra iria repetir o êxito do ano passado com os seus avançados a "destruírem" os kiwis.
E aí chegámos aos fatídicos 15 minutos onde os comandados por Richie  McCaw mostraram porque são Campeões do Mundo e primeiros do ranking.
Puxaram dos galões a acabaram por ganhar, bem, por 22-30.
Grande jogo de Rugby com uma réplica algo inesperada da Inglaterra face à diferença de experiência entre os jogadores (quase o dobro de internacionalização dos Neo Neozelandeses).  

2013/11/14

Blanc de Noir

Só agora li este excelente post no do Francisco Seixas da Costa (perdoe-se a familiaridade mas, que diabo, fomos colegas na CGD) no seu blogue pontocome  que clarifica alguns mitos que rodeiam o vinho
A propósito do ponto, 08 – O vinho branco tem que ser feito de uvas brancas, tive recentemente uma experiência notável.
No inicio de Setembro, estive em Remich na fronteira do Luxemburgo com a Alemanha, muito perto de Shengen, onde o rio Moselle /Mosel faz fronteira entre aqueles países.
Naquela região de excelentes vinhos brancos, existe um conceito denominado Weingut, tal como em muitas outras regiões produtoras de vinho da Alemanha, Austria, Luxemburgo e em França na região fronteiriça com a Alemanha quase até Estrasburgo, que pode ser traduzido por “Adega” sendo, no entanto, mais correto traduzi-lo por “sítio de degustação de vinho”.
Os pequenos produtores de vinho recebem os clientes nas suas casas, na maior parte dos casos na sua sala de estar,  para degustar o vinho que produzem, sem nenhum compromisso de compra. 
Descrevem as características do vinho, bebem connosco, conversam um bocado, com sorte trazem algo para petiscar e no fim compre-se ou não despedem-nos com um sorriso e um voltem sempre.


Muito gostaria eu de ver implantado em Portugal este conceito em que nas Rotas do Vinho apenas estão representados os grandes produtores.
Num destes Weingut foi-me dado a provar um “blanc de noir” feito de uvas da casta Pinot Noir que é um must.
Corpulento como poucos brancos, de ligeira cor rosada, 13% de grau alcoólico e algum "pico", deve acompanhar comidas fortes.
Foi uma verdadeira revelação. Com as limitações que advêm do transporte aéreo consegui trazer três garrafas das quais resta uma à espera de uma ocasião especial.

2013/11/13

Black&White


No sábado passado assisti ao ´França vs Nova Zelândia.
Bela partida com incerteza no marcador até ao fim, com os homens do "Galo" a darem excelente réplica aos All Blacks.
All Blacks? Não. Desta vez jogando de branco e preto fizeram-me lembrar aquela velha piada de mau gosto, dos tempos do Apartheid, em que um velho colono num bar pede um whisky.
O barman pergunta se quer Black&White e a resposta vem rápida.
Sim, mas em copos separados.

Há coisas que não devem mudar. Os All Blacks equipam de preto e ponto final.
Em resumo, não gostei.

2013/10/11

Goscinny e o Prémio Nobel da Economia


Muito se falou e ainda se fala sobre o genial autor de BD que criou personagens fantásticos desde Asterix até Luky Luke e Humpá-Pá.
Do que, até agora, ninguém se tinha lembrado foi ser-lhe atribuído o Prémio Nobel da Economia.
Só mesmo a espantosa capacidade de relacionar coisas e fatos que aparentemente não estão conetados do António Teixeira autor do Herdeiro de Aécio, tiraria este coelho da cartola.
Chapeau, meu caro.   

PS: A imagem não é a melhor mas foi o que consegui arranjar

2013/10/09

Objetos inúteis


Reproduz-se abaixo este texto delicioso retirado da Pó dos Livros (sublinhado meu).

Não é a primeira vez que encontrarmos dentro de livros antigos missivas e outros escritos que retratam a maneira como se vivia no século passado. Desta vez dentro do miolo de um livro dos anos sessenta encontramos um postal que convoca a comunidade da igreja católica vizinha para uma festa de caridade. 
Para os pobres tudo serve. Mas esta comunidade foi bastante mais além do que apenas oferecer os objectos inúteis do costume. A missiva dizia o seguinte:


Vamos organizar no próximo mês uma grande festa de caridade. Contamos com as senhoras para nos levarem todos os objectos inúteis que tenham em casa: livros, vestuário, bugigangas e também, naturalmente, os seus maridos.  

2013/10/08

Benvindos a Beirais


Bem vindos a Beirais é uma telenovela ou serie que corre durante os dias úteis na RTP1, pretendendo retratar o dia a dia de uma pequena aldeia no Portugal Profundo (o que é que isto queira dizer).
Os protagonistas são "urbanos" emigrados ou retornados, acompanhados das figuras típicas de uma aldeia, algumas bem esgalhadas outras verdadeiras caricaturas (aquele padre é, com certeza, obra do diabo).
Embora tenha um fio condutor cada episódio tem uma história completa. Os argumentos são fraquinhos, os atores estão no limite do aceitável mas a coisa tem um certo charme e um não sei quê, que me atrai e às vezes me comove.
Não sei se a serie tem ou não sucesso nas audiências mas o poste não vem a esse propósito.
Imagine-se que se organizam excursões de um dia à Aldeia do Carvalhal, onde as filmagens são efetuadas. Por apenas 24,90€ pode visitar a aldeia, almoçar de caminho, dar um pulinho à Aldeia típica José Franco e ainda beneficiar de uma oferta de uma garrafa de vinho AdegaMãe e uma super faca de cerâmica avaliada em 15€.
O que mais queremos da vida?   


2013/09/15

Europeus

Estive nas últimas duas semanas na Bélgica, no Luxemburgo, na Alemanha e na Austria, a convite do meu amigo Stephan Becker. No ínicio deste périplo (em Bruxelas) tive o prazer e o privilégio de conhecer o Werner e a Hèléne, casados há 49 anos, seus vizinhos que se revelaram encantadores.
Porquê o título deste post? Passo a descrever:

- O Stephan é alemão e fala Alemão e Inglês;
- A Solange, brasileira e namorada do Stephan, mora na Alemanha há muitos anos. Fala Alemão e Português;
- O Werner é alemão, da região do Saar, fala Alemão, Francês e Inglês;
-A Hèléne é filha de mãe portuguesa de Ferragudo, pai grego e nasceu em Marrocos. Só fala Francês;
- Eu sou português, falo Português, Inglês e Francês.

Durante o tempo que passámos juntos, nas margens do Mosela, na região de Remich e Shengen,onde o rio faz fronteira entre o Luxemburgo e a Alemanha as conversas eram muito divertidas, porque, afinal, não havia uma língua em comum entre os cinco. Não deixámos ,por isso, de nos entendermos.
Por mera coincidência a região (Shengen) até tem algum significado.
O meu filho João costuma dizer que um dos grandes obstáculos à construção de uma verdadeira União Europeia é a falta de uma língua comum e eu concordo com ele e, no entanto (como eu odeio as adversativas), nós entendemo-nos lindamente durante o tempo todo, para além do divertimento que consistia em constantemente estar a mudar de língua ou a traduzir algo.
No fim somos todos europeus

2013/08/26

A Última Ceia

Este poster, da autoria do designer italiano Renato Casaro, está em casa do meu amigo Stephan Becker e, sempre que lá vou, é alvo da minha admiração e alguma inveja. 
 Em substituição dos Apóstolos e de Jesus Cristo, Casaro colocou da esquerda para direita: Oliver Hardy; Stan Laurel; Elvis Presley; Clark Gable ; John Wayne; Charlie Chaplin; Marilyn Monroe; James Dean ; Humphrey Bogart; Fred Astaire ; Cary Grant; Boris Karloff (no papel de Frankenstein)e Marlon Brando. 
 Aqui fica o original com acerteza que o Leonardo subscrevia esta versão.

2013/08/25

Alianz Arena


Dia 6 de Setembro estarei aqui no A,lemanha vs Áustria.
Melhor que o jogo que se adivinha fácil para Manshaft, será a visita a esta magnfica Arena que tem a característica única de estar "vestida" de vermelho quando joga o Bayern Munchen, de azul quando joga o 1860 Munchen e de branco quando joga a Seleção Nacional



2013/08/11

Restaurante O Almourol


Seguindo as pisadas do meu "amigo" Zé Quitério fui no sábado passado degustar a este belíssimo sítio.
De caminho recomendo a estrada bordejante do Tejo a partir de Vila Nova da Barquinha até ao Castelo de Almourol.
Parabens aos autarcas da zona porque toda a zona ribeirinha, que é enorme, está um mimo
De entrada um paté com broa de milho que se apresentou com gabarito e ovos mexidos com farinheira que apesar da dita ser de qualidade, os ovos estavam demasiado passados.
Prato principal "Migas de Bacalhau com Gambas panadas".
As migas (açorda) estavam excelentes com muito, até talvez demasiado bacalhau, mas as gambas estiveram um pouco fritas demais.
Acompanhou uma sangria fresquinha e suculenta e no fim (apesar dos doces serem tentadores) café e um JB 15 anos.
Localização excelente, seviço conveniente e boa relação qualidade preço.
Recomenda-se.

2013/07/18

O Vitor 2

Em 2012/01/16 publiquei aqui um comentário sobre o Gaspar.
Pois agora aplica-se mais do que nunca.

Serie grandes Inícios IX

Caro amigo, nas horas poeirentas e intemporais da cidade, agora que as ruas jazem negras e exalam nuvens de vapor na esteira de camiões cisterna e agora que os bêbedos e os sem-abrigo desaguaram nas vielas e nos terrenos baldios, abrigados junto aos muros, e os gatos vagueiam nas soturnas cercanias, esguios e de espáduas altaneiras, agora nestas galerias empredadas ou de tijolos enegrecidos de fuligem onde as sombras dos fios elétricos, formam uma harpa espectral nas portas das caves, ninguém caminhará senão tu.

Excerto da nota do tradutor Paulo Faria, o mesmo de Meridiano de Sangue:
 
...Certa vez, Peter Josyph fez-me notar que, em todos os seus livros, Cormac McCarthy parece dizer a cada um dos seus leitores :<És um irresponsável, devias ter mais medo do mundo> e, ao mesmo tempo:<És um cobarde , devias ter mais coragem> e, ao mesmo tempo:<És demasiado humano, devias assemelhar-te a Jesus Cristo>. Em Suttree, cujo protagonista pesca peixes mas também homens, qual Cristo moderno a caminhar sobre as águas num mar de pecado, estamos sempre a oscilar entre estes três vértices do triângulo da nossa condição humana... 

Kennedy Center Honors - Paul McCartney Tribute



Apesar de não ser o meu aniversário recebi hoje esta prenda.

PS: Ressalto gozo que me deu ver o James Taylor careca como eu.

A fresh restart


Depois de muito (demasiado) tempo sem por aqui andar por razões que não faz sentido explicitar neste espaço, eis-me de volta.
Antigamente dizia-se "dar à estampa", agora poderá dizer-se "dar ao blog" o que me vai agora na alma.
Nada melhor do que "I can see clear, now the rain as gone".